Almoço Comunitário

Almoço Comunitário
Felicidade: é o que acontece quando compartilhamos nossas vidas.

sábado, 23 de julho de 2011

Dízimos e Bênçãos

DÍZIMOS E BENÇÃOS

Encontramos na Bíblia homens que honraram a Deus com suas vidas e com as primícias de seus bens. Abraão de tudo o que tinha, deu a décima parte ao Senhor. Também seu neto Jacó fez o mesmo. Vemos inúmeras citações sobre o DÍZIMO, no Antigo Testamento:
- Lv.27:30-32, Nm. 18:21, Dt. 14:22-29, Ml. 3:12;
- Salomão diz em Provérbios 3-9, “Honra ao Senhor com teus bens e com as PRIMÍCIAS de toda a tua renda e os teus celeiros se encherão e transbordarão”;
- e, no Novo Testamento, Jesus mesmo fala, em Mt. 23:23, “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas, que pagam o dízimo da hortelã, erva-doce e cominho e deixam de lado ensinamentos da Lei; justiça, misericórdia e fidelidade; deveriam praticar isso, sem esquecer aquilo”.
- em Lucas, 21:1 a 4, quando pessoas ricas davam suas ofertas para o Templo, Jesus viu uma pobre viúva colocar ali duas pequenas moedas, e disse: - “Essa pobre viúva deu mais que todos, porque os outros deram o que lhes sobrava, ela, porém, deu tudo o que tinha.” Ele não disse que ela não deveria dar, porque era pobre.
Sabemos que a contribuição financeira do cristão é fundamental para o crescimento da Igreja.
Naquela época, era obrigação por Lei, porque assim como hoje, os sacerdotes e levitas não recebiam heranças e não tinham outra profissão, portanto, viviam do Dízimo.
A palavra DÍZIMO em Hebreu é “MA-ASER”, que significa, literalmente, a DÉCIMA PARTE. Na Lei de Deus, os Israelitas tinham obrigação de entregar a décima parte de todas as suas crias, dos produtos da terra e de outras rendas, como reconhecimento e gratidão por tudo o que Deus lhes havia dado.
Ainda hoje, somos chamados a dar o Dízimo. Jesus não O descartou, como vimos em Mt 23:23, quando Ele fala aos fariseus. Trabalhos Evangelísticos não passarão de simples projetos, caso os cristãos de hoje não se conscientizem disso, porque todas as despesas da paróquia dependem da contribuição dos paroquianos. Não só da paróquia, mas da Diocese e da Igreja como um todo. É preciso pagar os salários dos reverendos, de funcionários e até do bispo, assim, também, como o trabalho de departamentos: missão, evangelização, escolas dominicais, etc, etc. e tudo está parado por falta de contribuição dos “fiéis” da Igreja. Mas, existem crentes que parece que têm o bolso furado, por onde foge todo o seu dinheiro e, também, um buraco no coração por onde escoa sua vida Espiritual, sua fé, e até mesmo sua alegria de viver. Estas pessoas, certamente, enfrentam, no seu dia-a-dia, o pesadelo das despesas extraordinárias, maiores que os seus próprios salários. Negando sua contribuição em Dízimo, vê seu dinheiro evaporar-se... É em remédios na farmácia, é na oficina com o carro quebrado, é na máquina de lavar estragada, é nos canos d’água entupidos e por aí se vai o trabalho do maligno, que vê na desobediência do crente uma brecha para a sua ação. Porque JESUS mesmo, em João 10:10, disse: “O ladrão vem só para matar, roubar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e em abundância”. Mas, aquele que não conhece a Palavra de Deus não vê isso e tem sempre a esperança de que no mês que vem vai melhorar, vai sobrar alguma coisa, mas nunca sobra nada e até sua conta no banco fica no vermelho. Porém, quem pratica a Palavra sabe que isso é comum a quem dá só as sobras para Deus. Pessoas que deveriam viver pela Fé dão apenas verdadeiras esmolas na Igreja, sem se dar conta que estão ofendendo, com isso, a Deus. Muitos, até dizem: Como vou dar o Dízimo na Igreja, se o que ganho mal dá para o gasto de minha família? Esses, certamente não conhecem o livro de Malaquias, 3:6-10, onde o Profeta diz: “Roubará o homem a Deus?, vocês perguntam. Sim, nos Dízimos e nas Ofertas. Por isso, vocês estão sob maldição. Trazei todos os Dízimos à minha casa para que haja seu sustento. Ponham-Me à prova nisso para ver se Eu não abrirei as janelas do céu e não derramarei bênçãos sem medidas sobre vocês”.
Vejam bem: quem promete isso não é o reverendo nem o Bispo, e, muito menos, o presidente da República, mas DEUS.
Por essa afirmativa, podemos ver que o crente que não entrega seu Dízimo com fidelidade, na verdade está roubando de Deus, não sendo de admirar que seja tocado por maldição, como diz Malaquias: “Seu bolso continuará sempre furado e vazio, pois não existem sonegadores felizes, porque Deus não facilita a estes, sobrar nada. Senão, vejamos o que nos fala sobre isso Ag. 1:4-11. Ele nos alerta: “Vocês acham certo viverem tranqüilos em casas bonitas, enquanto a Casa de Deus – O TEMPLO – está se deteriorando? Vejam bem o comportamento de vocês. Por isso, vocês plantam muito e colhem pouco, comem e não se saciam, vestem roupas boas e não se aquecem, pois vocês estão guardando o seu dinheiro em sacolas furadas e o pouco que trazem para casa Eu dissipo com um assopro”. Na verdade, a Doutrina do Dízimo teria surgido ainda no Paraíso, quando Deus reservou para Si, apenas uma árvore, mas o homem meteu ali a sua mão. É interessante que, geralmente, se diz: - “Dar o Dízimo ao Senhor”, porém, na verdade, ninguém dá o Dízimo à Deus, pois este já é de Sua propriedade; por isso, é nossa obrigação devolvê-lo. Não podemos dar o que não é nosso. Nós não damos dinheiro ao governo, apenas pagamos impostos. Não damos dinheiro à empregada, pagamos o seu salário. Não damos dinheiro à Cia de luz, pagamos o que devemos. Você só passa a dar alguma coisa a Deus, depois de lhe ter restituído o Dízimo. Porém, na verdade, quem somos nós para dar alguma coisa a Deus? Pois não dizemos, no altar, “tudo vem de Ti, Senhor e do que é Teu To damos”?
De algum modo, todos nós somos dizimistas, pois alguns o trazem ao Senhor e outros o dão ao Príncipe das Trevas, ao mundo e sempre ficam devendo a Deus. O Cristão fiel não contribui apenas como obrigação, mas com prazer e dedicação. Ele representa, fidelidade e amor para com Deus, assim como num casamento: uma pessoa casa e passa a ser fiel ao seu cônjuge, por amor.
Há os que casam por interesse, porque precisam fingir que são fiéis para obter a herança ou por interesses políticos ou por qualquer outra circunstância. São tipos de fidelidade forçados, porém esta não deve ser a atitude do cristão que deve agir por amor, porque o marido representa, no casamento, segundo a Bíblia, a Jesus e a esposa, a Igreja.
Para o cristão, ser Dizimista é símbolo de nossa confiança em Deus. Mas, para aqueles que dão o que sobra, não dão por amor e sim por interesse. Por isto, muitos nem têm visto as janelas do Céu e muito menos, abertas sobre suas vidas. Devemos agir como fizeram os primeiros cristãos dedicados, como fez Maria, irmã de Marta, que, conforme Jesus, escolheu a melhor parte, ao sentar-se a seus pés para ouvi-lo e praticar Sua Palavra.
A contribuição pelo dízimo seria a grande solução para a Igreja, pois todos devem saber que ela vem sofrendo necessidades financeiras graves. Há dificuldades, até mesmo, para os gastos mais comuns. As instalações estão precárias e não temos verbas para as coisas mais simples, senão por meio de eventos como os chás, almoços e outras promoções.
Mas Deus nos conhece e sabe o que acontece no nosso íntimo. Porque, como diz o profeta Jeremias, 1:5, “Antes que te formasses no ventre materno, Eu já te conhecia...”. Então, Ele sabe o que realmente acontece conosco. A ele não conseguimos enganar.
O Salmista diz: Senhor, tu me sondas e me conheces, sabes quando me sento ou quando me levanto. Para onde fugirei, longe da tua presença? Se subir aos céus, aí estás; se me deito num abismo, aí te encontro.
Aguardamos a volta de Nosso Senhor e a tarefa que Ele nos confiou ainda não está cumprida e o Dízimo faz a diferença. Já vemos os sinais de Sua volta: grandes catástrofes, tsunames, terrorismos, guerras desenfreadas, em Seu nome, além de autoridades corruptas, roubos, matanças e desastres terríveis. A própria Igreja está inerte. Há bilhões de pessoas que nem conhecem Cristo e isso nos será cobrado quando estivermos diante Dele. Hoje, lemos nos Salmos: “Oh, Senhor, quem habitará no Teu Templo? Quem poderá assistir em Teu Santo Monte? Pergunta-se: Serão os que sonegam o Dízimo do Senhor?”.
Jesus mesmo nos chama a atenção, quando nos diz: “Dai e darão também a vocês, boa medida recalcada, sacudida e transbordante e generosamente será dado a vocês, porque com a medida que você medir, você também será medido.
Portanto, acho que vale a pena você, quem ainda não é Dizimista, nem contribuinte, fazer esta EXPERIÊNCIA com Deus, já que é Ele mesmo quem propõe. Comece agora mesmo a Dizimar e espere para ver o resultado.
Honra ao Senhor com teus bens e com as primícias de toda a tua renda... e não com as sobras... Porque com a medida que medires serás também medido.
Suely Álvares Lacerda

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sermão Domingo 31/07/2011 Próprio 13

Is 55.1-3; Sl 78.14-25; Rm 8.35-39; Mt 14.13-21.
Sermão - 31/07/11 Próprio 13
Quem poderá nos separar do amor de Cristo?
Ao redor de uma mesa, aconteceram fatos importantes na vida das pessoas, das famílias e dos povos... É para ser um encontro alegre onde se fortalecem os laços de comunhão. Comunica-se a alegria de um nascimento ou de um casamento; fortalece-se a amizade, estabelecem-se contatos de trabalho e celebram-se ritos oficiais.
As Leituras para este domingo nos convidam a sentarmos nesta mesa, que o próprio Deus preparou, e onde Ele nos oferece o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade. É o início da eternidade.
Na 1ª leitura, Deus convida a estarem numa MESA farta e gratuita, o povo faminto e sofredor, que estava no exílio. "Venham matar a sede e comprar sem ter dinheiro comer sem pagar, beber vinho e leite à vontade".
Era o apelo do profeta para que o Povo se animasse a voltar à terra de origem, para recomeçar uma vida nova. Seria o banquete da vida em liberdade, da terra repartida, da moradia garantida, da saúde, da paz e do bem estar.
A 2ª Leitura é um Hino ao amor de Deus, que enviou ao mundo o seu próprio Filho, para nos convidar ao BANQUETE da vida eterna.
No Evangelho, Cristo realiza a profecia da primeira leitura, com a Multiplicação dos Pães. Seguido por uma multidão, Jesus, como um novo Moisés, vai ao deserto (novo Êxodo), onde repete o milagre do Maná. Doa ao povo o seu pão e convida os discípulos a distribuí-lo...
O DESERTO, para o povo hebreu, era o lugar do encontro com Deus. Ali, Israel aprendeu a despir-se das suas seguranças humanas e descobrir em cada passo a maravilhosa proteção do Senhor. O deserto é o lugar e o tempo da partilha, em que todos contam com a solidariedade da Comunidade.
PASSOS de Jesus para resolver o problema da fome:
1. VÊ a "fome" e busca na comunidade a solução do problema. Quando os discípulos buscam a solução mais fácil, despedindo o povo, Jesus lhes ordena: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Quantos necessitados de pão, de alegria, de apoio, de esperança!...
2. Ensina COMO fazer: PARTILHANDO. Recolhe os "cinco pães e dois peixes", recita a bênção e manda partilhar... Todos comeram, ficaram saciados e... até sobrou.
3. Dá a RAZÃO para a partilha: Deus é o DONO de tudo. "Tomou os 5 pães e os 2 peixes, ergueu os olhos ao céu e recitou a Bênção". A "BÊNÇÃO" é uma fórmula de ação de graças, pela qual se agradece a Deus pelos dons recebidos. Isso significa reconhecer que o dom veio de Deus e que pertence a todos os filhos de Deus. Não somos donos...
AS LEITURAS NOS LEMBRAM TRÊS VERDADES:
1ª - Deus convida todos para o "Banquete" do Reino… Os que vivem à margem da vida e da história, os que têm fome de amor e de justiça, os que vivem atolados no desespero, os que o mundo condena e marginaliza, os que não têm pão na mesa, nem paz no coração, também são convidados para a Mesa do Reino.
2ª - Jesus nos compromete com a "fome" do mundo.
- A fome é companheira cruel de milhões de pessoas... Quase dois terços da humanidade passa fome...
- Os APÓSTOLOS dão a solução mais fácil: "Despede as multidões": "mande-os para casa..."
- E JESUS não fica na mera "compaixão": cura os doentes, ilumina o povo com a sua palavra, partilha com eles o pão, entrega-se pessoalmente a eles como o Pão da Vida... E... manda dar de comer: "Dai-lhe vós mesmos de comer..."
- NÓS também somos responsáveis pela fome no mundo...
Nenhum cristão pode ficar alheio a essa triste realidade!... E o problema da fome no mundo também não se resolve apenas com programas de assistência social, mas com a partilha e com o amor.
Jesus nos convida a sentarmos à MESA
e receber o Pão que ele oferece.
A narração tem um contexto eucarístico (consagração...) Sentar-se à mesa com Jesus é comprometer-se com a dinâmica do Reino e é assumir a lógica da partilha, do amor, do serviço. Celebrar a Eucaristia nos obriga a lutarmos contra as desigualdades, os esbanjamentos… (recolheu as sobras...) Quando celebramos a Eucaristia, tornamos Jesus presente no mundo, fazendo com que o seu Reino se torne uma realidade viva na história.
Oremos por todas as pessoas que continuam saciando a fome por Deus, com o Pão da Sua Palavra e da Eucaristia e Oremos pedindo ao Senhor que envie mais trabalhadores para a Seara para que sintam a alegria de poder servir ao Senhor Deus e aos Irmãos.
Amém.

Sermão Domingo 24/07/2011 Próprio 12

1Rs 3.5,7-12; Sl 119.129-136; Rm 8.28-30; Mt 13.44-52.
Sermão - 24/07/11 Próprio 12
O Tesouro
As Leituras de hoje nos convidam a refletirmos a respeito dos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência. Elas nos ajudam a aprofundar essa realidade... A 1ª Leitura nos apresenta o exemplo de Salomão, rei de Israel.
É um homem "sábio" que percebe e escolhe o que é importante e que não se deixa seduzir e alienar por valores passageiros.
- No início de seu reinado, vai a Gabaon, onde se achava o Tabernáculo sagrado, construído por Moisés, a fim de oferecer sacrifícios ao Senhor.
- Em sonho, o Senhor comunica o seu agrado por este gesto e mostra-se disposto a atender seus pedidos: "Pede o que desejas, e eu te darei."
- E o jovem rei não lhe pediu poder, nem riquezas, nem prestígio político. Pelo contrário, pede um coração "sábio" para governar bem seu povo.
- A ESCOLHA agradou plenamente a Deus: E Deus lhe concedeu uma sabedoria inigualável e acrescentou ainda outros três valores não solicitados: riqueza, glória e vida longa. Salomão soube escolher o melhor: a SABEDORIA com a qual soube discernir entre o bem e o mal e conseguiu perceber a Missão que lhe foi confiada...
A 2ª Leitura nos convida a seguirmos o caminho e a proposta de Jesus. Esse é o valor mais alto, que deve se sobrepor a todos os outros valores e propostas em nossas vidas.
O Evangelho nos apresenta a prioridade fundamental que é o REINO de DEUS. E Ele conclui com as últimas três "Parábolas": o Tesouro, a Pérola e a Rede.
O Reino de Deus é um TESOURO escondido... uma PÉROLA que se procura ...
A descoberta desse tesouro e dessa pérola provoca em quem os encontrou DUAS ATITUDES: Renúncia e Alegria.
A 1ª atitude é a RENÚNCIA: O Reino proposto por Jesus é um "tesouro" precioso pelo qual se renuncia a tudo e pelo qual os seguidores de Cristo devem estar dispostos a pagar qualquer preço. Chamamos também de auto-negação.
Desde que descobrimos Cristo, o que mudou em nossa vida?
O que nós já renunciamos por esse tesouro?
Onde gastamos mais tempo em nossa vida diária?
A serviço da comunidade, em leituras sérias, na Oração, ou no futebol, na TV, no dinheiro, no bate-papo com os amigos?
A 2ª atitude é a ALEGRIA: muito grande pelo bem encontrado... Todo comerciante que realizou um bom negócio sente-se feliz... mesmo tendo de se desfazer de muitos bens... O Reino de Deus é um tesouro pelo qual compensa a renúncia de todos os bens deste mundo.
Demonstramos alegria e felicidade por termos achado o nosso tesouro?
Se temos consciência desse tesouro, como podemos permanecer acabrunhados, tristes e desanimados?
Mas ficam ainda umas perguntas inquietantes: Se o Reino de Deus é tão precioso,
- Por que há tantos homens que o ignoram ou até o desprezam?
- Por que vemos tantos males entre os bons?
- Será que, no final, todos teremos a mesma sorte?
Na 3a Parábola, Jesus nos dá a resposta: O Reino de Deus é uma REDE: A Igreja é comparada a uma rede de arrastão, lançada ao lago, que apanha peixes de todos os tipos e qualidades... O Pescador, depois de ter puxado lentamente a rede à terra, recolhe os peixes, separando os bons e os maus, os aproveitáveis e os inúteis. Recolhe os bons e joga fora os maus... Deus não tem pressa em condenar e destruir... sabe esperar é ter a paciência de Deus...
- Qual a nossa situação: dentro da Igreja, diante do divino Pescador?
Somos um membro vivo, atuante, útil à vida da Igreja, ou um peixe inútil, desprezado pelo próprio Deus?
Tudo depende de nossa escolha, devemos SABER ESCOLHER ...
E Jesus conclui com um breve diálogo com os discípulos, no qual afirma que o verdadeiro discípulo é aquele que descobre o Tesouro do Reino e se compromete com ele. Só Sabedoria divina poderá nos iluminar para compreendê-lo e assim anunciar a todos com alegria a nossa descoberta. Como Salomão, peçamos a Deus:
- muita SABEDORIA... para saber escolher sempre o verdadeiro Tesouro e
- muito ENTUSIASMO... para nos pôr com alegria na sua conquista...

Sermão Domingo 17/07/2011

Sb 12.13,16-19; Sl 86; Rm 8.18-25; Mt 13.24-30, 36-43.
Sermão - 17/07/11 Próprio 11
Olhando o mundo de hoje, cheio de desordens e guerras, de misérias e injustiças, talvez nos perguntamos: Por que Deus permite tudo isso? Por que não acaba com isso, ou pelo menos, por que não elimina aqueles que promovem isso?
As leituras de hoje falam da PACIÊNCIA DE DEUS:
A 1ª Leitura mostra um Deus tolerante, justo, em que a sua Bondade e Misericórdia se sobrepõem à vontade de castigar. A conquista da terra prometida realizou-se após muitos anos de guerras. Deus não teve pressa em eliminar os povos que não O conheciam. Ele ama todas as pessoas que criou, mesmo quando praticam o mal. Não quer a morte do pecador, mas quer que se convertam e vivam sem pecado. E nos convida a adotar a mesma atitude...
O Evangelho destaca a Paciência de Deus. A presença de Deus no mundo é irreversível e onde todos têm lugar para crescer e amadurecer. Na volta da Missão, nota-se a Impaciência dos Apóstolos para com aqueles que não os acolheram: "O Senhor quer que a gente arranque o joio?"
- Jesus condena a pressa dos Apóstolos: O trigo e o joio nos revelam DUAS ATITUDES:
A 1ª atitude mostra a Impaciência das pessoas: "O Senhor, quer que a gente arranque o joio?" e a 2ª atitude mostra a Paciência de Deus: "Não", respondeu Ele, porque quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar o trigo. Deixem o trigo e o joio crescerem juntos até o tempo da colheita.”
Isto nos mostra que Deus não quer a destruição do pecador e a separação dos maus. "Deus é paciente e misericordioso lento para a ira e rico de misericórdia" Na construção do seu Reino, é preciso ter Paciência e saber esperar a hora certa para a separação final na colheita.
A "paciência de Deus" com o joio nos convida a rejeitarmos as atitudes radicais. Atitude de intolerância, de incompreensão, de vingança. Nos convida contemplarmos os irmãos (com as suas falhas, defeitos, comportamentos) com os olhos benevolentes, compreensivos e pacientes de Deus.
Porque o Joio e Trigo estão em toda parte: aqui na nossa comunidade, temos tanto joio como trigo. O joio é a desunião, a inveja, são as fofocas... E qual é a nossa primeira atitude? Arrancar o joio? "Nossa História, muitas vezes, se tornou História de arrancadores de joio, enquanto deveria ter sido história de perdão, de misericórdia e de amor."
- Esquecemos que o mal e o bem se misturam no mundo, na vida e no coração...
- Esquecemos que na Criação de Deus têm os que O aceitam e os que não O aceitam. Temos os de guerra e os de paz, os de gozo e os de inquietação...
- Esquecemos que dentro de cada um nós há trigo e joio.
- E Cristo ainda hoje continua repetindo: "Deixai crescer junto, até a colheita". O Reino de Deus é uma realidade irreversível, que está num processo de crescimento no mundo.
O que a Parábola diz?
- Para a liderança da comunidade que a quer perfeita da noite para o dia?
- Para as pessoas que querem mudanças num piscar de olhos?
É importante saber conviver, no meio dos conflitos...
O que fazer: ficar de braços cruzados?
Nunca!
1º) Devemos continuar semeando trigo, mesmo enquanto percebemos o joio crescendo em meio ao trigo...
2º) Nós devemos fazer a diferença... Ao invés de desistir, devemos nos esforçar mais ainda para que o trigo seja mais abundante do que o joio... Dessa forma vamos fazer o JOIO ser menor do que o TRIGO...
Mas o que NÓS somos nisto tudo?
Somos TRIGO LIMPO?
(amor, dedicação e colaboração)
- ou talvez sejamos JOIO?
(raiva, discórdia, fofoca, egoísmo ou calúnia)
- Ou talvez sejamos meio trigo e meio joio? Meio bem e meio mal?
Esse é o ser humano! Por isso Deus é paciente conosco. Que Ele continue tendo paciência conosco para que cada pessoa possa entender e praticar a Sua vontade que é a de que devemos ser bons uns para com os outros antes de sermos bons para com nós mesmos. Amém.