Almoço Comunitário

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Felicidade: é o que acontece quando compartilhamos nossas vidas.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

FORTALECENDO A FÉ CRISTÃ - para nós o cristianismo não pode ser morno, mentiroso ou irrelevante, sabe por que?

Algumas pessoas tem objeções a fé cristã. Vão ao culto e acham-no MONÓTONO. Algumas pessoas ficam contentes quando vão à igreja e, por desconhecimento ou ignorância sobre a própria fé, sentem-se deprimidos porque ao se defrontar com outros cristãos que estão “acostumados” com a liturgia não se sentem "deprimidos". Acontece o mesmo com pessoas que sentem o chamado ao ministério ordenado da Igreja e o mau exemplo o afaste dessa meta.
Outro aspecto é que a fé cristã pode não parecer VERDADEIRA. Pessoas têm objeções intelectuais à fé cristã sem conhecer a fundo os postulados e a própria Bíblia, mesmo assim, intitulam-se conhecedores e falam sobre a fé cristã tentando destruir o Cristianismo e provar a não existência de Deus. Estas pessoas pensam que argumentos filosóficos derrubam a fé cristã e pensam obter uma grande vitória sobre a fé;
Também existem aquelas pessoas que pensam que a fé cristã é IRRELEVANTE. Não faz diferença para a vida de ninguém. Não conseguem entender como algo que acontecera há mais de dois mil anos atrás, há muitos quilômetros de distância, lá na Palestina, pode ter qualquer relevância para a sua vida, em pleno século XX, aqui no Brasil. Isso parece ser de absoluta irrelevância para a vida.
Existe muita gente, hoje em dia, na nossa sociedade secularizada, que não sabe muito sobre Jesus Cristo, sobre o que Ele fez, ou qualquer outra coisa sobre o Cristianismo. Se chegarmos a um Hospital e perguntarmos se as pessoas gostariam de comungar, ouviríamos respostas como:
— Não, Obrigado. Eu sou da Igreja Católica.
— Não, Obrigado. Eu sou Evangélico.
— Não, na minha igreja não existe isso...
— Não... Não bebo bebida de álcool.
— Sim... Sou batizado.
— Sim. O Deus é o mesmo...
O Cristianismo está longe de ser monótono, não é mentiroso nem tampouco irrelevante; ao contrário, é excitante, verdadeiro, relevante. Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida." (Jo 14:6); Se Ele estava certo, então pode haver algo mais importante nesta vida do que a nossa resposta ao chamado dele?

sábado, 22 de maio de 2010

ENTENDENDO O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

A Santíssima Trindade é um dogma da Igreja de Cristo, uma proposição teológica de fé. Dessa forma, é absolutamente verdadeiro, para toda pessoa cristã, a existência de um único e mesmo Deus; criador do céu e da Terra e de tudo que nela há.
Sobre a Santíssima Trindade, o Concílio de Latrão (1215) assim se manifestou: "Firmemente cremos e simplesmente confessamos que apenas um é o Deus Eterno, Verdadeiro, Imenso, Imutável, Incompreensível, Onipotente e Inefável; Pai, Filho e Espírito Santo; três pessoas ,certamente, mas uma só essência, substância ou natureza absolutamente simples. O Pai não vem de ninguém; O Filho apenas do Pai; e o Espírito Santo de Um e de Outro, sem começo, sempre, e sem fim".
Esse Deus, que é eternamente um único e mesmo Deus, possui três Pessoas, eternamente, unidas na Sua constituição. O Deus - Pai, o Deus - Filho e o Espírito - Santo, formam, portanto, uma unidade eterna, como revelada pelos evangelhos, São João evangelista, observa "E estes três são um" ( 1ª Jo 5.7). As Três Pessoas encontram-se unidas em substância. Cada uma das três pessoas da Santíssima Trindade é plenamente Deus. Isto quer dizer que "o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho, é o mesmo Deus único" .
Essa última definição do credo é uma afirmação teológica segundo a qual o Espírito Santo procede do Deus-Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho, é o mesmo Deus único. O Espírito Santo, que é a terceira Pessoa da Trindade, é Deus - uno e igual ao Pai e ao Filho - da mesma substância e também da mesma natureza. Contudo, não se diz que Ele é somente o Espírito do Pai, mas, ao mesmo tempo, o Espírito do Pai e do Filho" .
Não há nenhum rebaixamento no grau de adoração da Terceira Pessoa da Trindade nessa definição; isto porque, quando afirmamos ser o Espírito Santo também originário do Deus Filho, ela obedece aos dizeres do próprio evangelho, quando o evangelista João diz que " No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."(Jo 1.1).
Se o verbo "é" Deus, o Espírito Santo necessariamente deve provir d'Ele. Além disso, a Santíssima Trindade foi uma verdade teológica revelada pelo Deus-Filho, pelo Cristo. Antes da vinda de Jesus não se cultuava Deus na forma trinitária, portanto, foi com a promessa consumada por Nosso Senhor Jesus Cristo, que a Trindade nos foi revelada.São Paulo observa na Epístola aos Romanos: "a revelação do mistério que foi ocultado durante muitas gerações, mas está agora revelado e, por meio dos escritos proféticos, tornou-se conhecido a todas as nações" (Romanos 16.25-26).
A complexa idéia do Deus trino e uno é objeto de muita controvérsia, e motivo para o surgimento de várias heresias. A compatibilização de divisões na unidade divina, parece ser o centro das dificuldades geradas na doutrina cristã. O que diferencia as três Pessoas da Santíssima Trindade são apenas as relações estabelecidas entre elas. O que distingue as três Pessoas da Santíssima Trindade é, portanto, o relacionamento existente entre elas; "nas relações que as referem entre si "; jamais na substância. As três Pessoas da Santíssima Trindade compartilham a mesma substância divina.
Exemplos neotestamentários desse relacionamento entre as Pessoas da Santíssima Trindade, encontramos em algumas passagens como no evangelho de São João, capítulo 14. "Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras. 12 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. 13 E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. 15 Se me amais, guardai os meus mandamentos. 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. 18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 19 Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. 20 Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. 21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" . (Jo 14.8-21)
O Deus-Filho, a Segunda Pessoa da Trindade foi definido pelo I Concílio de Nicéia (325 d.C.) como possuidor de duas naturezas e duas vontades, unidas; mas imisturável. O Filho de Deus é plenamente homem, e plenamente Deus; consubstancial ao Pai.("homousia"); partícipe, portanto, da mesma substância do pai. Jesus Cristo, segundo as definições do Concílio de Nicéia — em resposta à heresia de Ário — é definido como "Deus de Deus", "Luz da Luz", "Verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus". O Cristo é as primícias dos que dormem; - a imagem do homem futuro revestido da imortalidade - Jesus Cristo é, portanto, verdadeiramente, homem e verdadeiramente Deus, inteiramente homem e inteiramente Deus, homem perfeito. Gerado, porém, jamais criado. O Deus Filho é um invento de Deus. Ele é o Verbo, incriado, através do qual tudo foi feito, Ele é o princípio que sustenta tudo que existe.
Diz o Novo Testamento: "O qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem..." (Fl 2.6-7).
Diz também São João, evangelista logo ao iniciar seu evangelho "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1.14). Cada uma das três pessoas da Santíssima Trindade deve ser cultuada igualmente, objeto da mesma adoração.Todas as três pessoas possuem igual divindade. Não há hierarquia na Santíssima Trindade. O próprio Cristo afirmou inquestionavelmente: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30); além de ordenar aos apóstolos que levassem seus ensinamentos bem como a administração do batismo em nome das três pessoas (Mt 28.19).
A doutrina da Santíssima Trindade pode ser entendida assim: "A fé é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade" .
Então, quando Deus atua, são sempre as Três Pessoas que atuam. Contudo, cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade realiza uma obra específica. O Cristo julga e salva, o Espírito Santo anima a vida e conduz a Igreja.
Deus- Pai é o criador do mundo; Deus- Filho é a salvação ofertada por Deus aos homens, através da segunda Pessoa da Trindade que há de vir no Fim dos Tempos para julgar os vivos e os mortos. O Filho de Deus é o modo como Deus revela-Se ao ser humano, na plenitude dos tempos.
O Espírito, Santo anima a vida, conduz a Igreja e unge seus filhos e filhas com Seus dons de cura, sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza ciência, piedade, e temor de Deus .
A Santíssima Trindade é uma verdade de fé, um mistério. Objeto de crença e não de entendimento pleno. Mais importante que destrinchar o mistério da Santíssima Trindade é praticar a caridade e o amor ao próximo. Assim diz o Cristo na unidade da Santíssima Trindade.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O MISTÉRIO DA RESSURREIÇÃO

A doutrina cristã, conjunto de verdades e mistérios que devemos crer, acham-se resumidas nos Credos Apostólico e Niceno (325 DC). Neles encontramos, entre outras, a afirmação: “Creio na ressurreição do corpo” ou “espero a Ressurreição dos mortos”.

A Ressurreição corporal de Jesus, por excelência, é um mistério da fé que devemos aceitar como um dogma, pois a mente humana não é capaz de explicar ou de compreender esse fenômeno sobrenatural.

Eis, em resumo, o drama pungente que Cristo viveu no último dia de sua vida terrena e a sua gloriosa ressurreição.

O dia em que Cristo foi martirizado na cruz foi, sem dúvida, o mais trágico e tenebroso de todos os tempos.

Diante desse infausto acontecimento, os discípulos, amedrontados e desiludidos, abandonaram o Divino Mestre, ficando ao pé da cruz apenas o evangelista São João e algumas mulheres, entre as quais Maria de Nazaré, mãe de Jesus (Jo 19.25-26). Era sexta-feira, mais ou menos ao meio-dia, quando o sol ficou encoberto por grossas nuvens e a escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. Foi nessa ocasião que Nosso Senhor pronunciou suas últimas palavras na cruz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). E, havendo dito isto, inclinou a cabeça e expirou.

Na hora de remover o corpo inerte de Cristo para a sepultura, dois piedosos fariseus, amigos do nazareno —Nicodemos e José de Arimatéia, membros do Sinédrio de Jerusalém, enfrentaram todos os perigos para dar ao Mestre um enterro condigno, livrando-o assim da infamante vala comum destinada aos condenados (Jo 19.38-40). O corpo de Jesus, foi então, envolto num fino lençol de linho, com mirra e óleos (como era costume entre os judeus) e posto num sepulcro novo, aberto num rochedo, na colina do Calvário e cujo dono era José de Arimatéia. Para os saduceus, como os sacerdotes Anás e Caifás, ferozes inimigos de Jesus, e Pôncio Pilatos, governador romano da Judéia, a doutrina do Nazareno estava definitivamente extinta.

Porém, de acordo com os desígnios de Deus, a obra do Salvador ainda não estava completa, o mais importante estava por acontecer.

Pois, Jesus, pela providência do Pai Eterno, iria ressurgir no terceiro dia de sua morte (Mt 16.21). A ressurreição de Jesus foi física, pois, aquelas mulheres que foram ao sepulcro na madrugada de domingo, não acharam o corpo do Mestre: o túmulo estava vazio (Lc 24.1-3). Cristo ressuscitou dos mortos não como Lázaro de Betânia, para anos mais tarde tornar a morrer, mas ressurgiu para sempre, para a vida eterna, e “a morte não terá mais poder sobre Ele” (Rm 6.9).

Aparições de Jesus ressurreto

O maior mistério da vida de Cristo é o mistério de sua gloriosa ressurreição. Após ressuscitar na manhã de domingo, Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena, que era sua fiel seguidora, desde que o Mestre expulsou dela sete espíritos maus (Mc 16.9). Logo em seguida, Madalena se apressou a levar a boa notícia aos Apóstolos; São Pedro e São João vieram correndo ao sepulcro, mas não viram o Mestre (Jo 20.1-7).

Naquele mesmo dia Ele também apareceu aos dois discípulos de Emaús (Lc 24.13-15). Apareceu também aos Apóstolos reunidos no cenáculo, estando ausente o cético Tomé (Lc 24.36-39). Uma semana depois, Ele foi ao cenáculo encontrar-se com os seus discípulos e Tomé estava com eles. Nessa ocasião, o Mestre convidou Tomé para colocar o seu dedo nas chagas de suas mãos e na ferida do seu lado (Jo 20.26-27). Diante dessa incontestável evidência, Tomé fez sua fez sua memorável profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20.28-29). O Mestre também apareceu a mais de quinhentas pessoas na galiléia (1ª Cor 15.6); e finalmente ao próprio São Paulo na estrada de Damasco (Atos 9.3-5).

Pelas provas apresentadas nas Escrituras Sagradas, a ressurreição de Jesus é a razão principal do Cristianismo e a Páscoa é o símbolo de uma nova vida par os que crêem que Ele é verdadeiramente o Redentor da humanidade. Aleluia!

Paulo Rocha

UMA PALAVRA PASTORAL

Ele não está aqui!... (Mt 28.6)

Esta deve ser a nossa certeza: a morte não é vitoriosa, não suplanta a vida que é o dom precioso que Deus nos dá! O Cristo ressuscitado é o sinal que a esperança de vida eterna não é em vão, não é apenas um sonho ou ingenuidade de um bando de pessoas crentes... Definitivamente, a morte não foi a última palavra de Deus para o ser humano! Quem criou o universo com a terra nele, quem criou a vida, não definiu a morte como sendo vencedora! Deus, o Senhor, planejou, gerou e sustenta a vida da sua própria Criação!

Em nosso descompasso com os planos de Deus, é o ser humano, que gera a morte: nos bombardeios; nos assassinatos; no desemprego; nos hospitais falidos que fecham suas portas; no trânsito cruel e assassino; nas mudanças do clima forçadas pela poluição permanente; na infância destruída pela falta de sensibilidade das autoridades que mal gerenciam as estruturas sociais, nas igrejas que pregam o sucesso e se esquecem que pra vencer a morte Jesus teve que nascer como um de nós, viver como ser humano e morrer como se fosse todos os pecadores, como um serviço de amor!

O Cristo está vivo e sustentando sua Igreja pela força do Espírito Santo, que em meio a todos os sinais de morte, ainda assim nos gera a esperança, fazendo-nos inconformados com este mundo e desejosos de um outro, transformado pela graça de Deus e pela nossa co-participação nas Suas obras, como bem diz o hino 74 do nosso hinário Episcopal.

Cristo já ressuscitou; aleluia!

Sobre a morte triunfou; aleluia!

Tudo consumado está; aleluia!

Salvação de graça dá; aleluia!

Sobre a cruz Jesus sofreu; aleluia!

E por nós ali morreu; aleluia!

Mas agora vivo está; aleluia!

Para sempre reinará; aleluia!

Gratos hinos hoje erguei; aleluia!

A Jesus, o grande Rei; aleluia!

Ele à morte quis baixar; aleluia!

Pecadores resgatar; aleluia!

Rev. Caio Lacerda