Almoço Comunitário

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

O MISTÉRIO DA RESSURREIÇÃO

A doutrina cristã, conjunto de verdades e mistérios que devemos crer, acham-se resumidas nos Credos Apostólico e Niceno (325 DC). Neles encontramos, entre outras, a afirmação: “Creio na ressurreição do corpo” ou “espero a Ressurreição dos mortos”.

A Ressurreição corporal de Jesus, por excelência, é um mistério da fé que devemos aceitar como um dogma, pois a mente humana não é capaz de explicar ou de compreender esse fenômeno sobrenatural.

Eis, em resumo, o drama pungente que Cristo viveu no último dia de sua vida terrena e a sua gloriosa ressurreição.

O dia em que Cristo foi martirizado na cruz foi, sem dúvida, o mais trágico e tenebroso de todos os tempos.

Diante desse infausto acontecimento, os discípulos, amedrontados e desiludidos, abandonaram o Divino Mestre, ficando ao pé da cruz apenas o evangelista São João e algumas mulheres, entre as quais Maria de Nazaré, mãe de Jesus (Jo 19.25-26). Era sexta-feira, mais ou menos ao meio-dia, quando o sol ficou encoberto por grossas nuvens e a escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. Foi nessa ocasião que Nosso Senhor pronunciou suas últimas palavras na cruz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). E, havendo dito isto, inclinou a cabeça e expirou.

Na hora de remover o corpo inerte de Cristo para a sepultura, dois piedosos fariseus, amigos do nazareno —Nicodemos e José de Arimatéia, membros do Sinédrio de Jerusalém, enfrentaram todos os perigos para dar ao Mestre um enterro condigno, livrando-o assim da infamante vala comum destinada aos condenados (Jo 19.38-40). O corpo de Jesus, foi então, envolto num fino lençol de linho, com mirra e óleos (como era costume entre os judeus) e posto num sepulcro novo, aberto num rochedo, na colina do Calvário e cujo dono era José de Arimatéia. Para os saduceus, como os sacerdotes Anás e Caifás, ferozes inimigos de Jesus, e Pôncio Pilatos, governador romano da Judéia, a doutrina do Nazareno estava definitivamente extinta.

Porém, de acordo com os desígnios de Deus, a obra do Salvador ainda não estava completa, o mais importante estava por acontecer.

Pois, Jesus, pela providência do Pai Eterno, iria ressurgir no terceiro dia de sua morte (Mt 16.21). A ressurreição de Jesus foi física, pois, aquelas mulheres que foram ao sepulcro na madrugada de domingo, não acharam o corpo do Mestre: o túmulo estava vazio (Lc 24.1-3). Cristo ressuscitou dos mortos não como Lázaro de Betânia, para anos mais tarde tornar a morrer, mas ressurgiu para sempre, para a vida eterna, e “a morte não terá mais poder sobre Ele” (Rm 6.9).

Aparições de Jesus ressurreto

O maior mistério da vida de Cristo é o mistério de sua gloriosa ressurreição. Após ressuscitar na manhã de domingo, Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena, que era sua fiel seguidora, desde que o Mestre expulsou dela sete espíritos maus (Mc 16.9). Logo em seguida, Madalena se apressou a levar a boa notícia aos Apóstolos; São Pedro e São João vieram correndo ao sepulcro, mas não viram o Mestre (Jo 20.1-7).

Naquele mesmo dia Ele também apareceu aos dois discípulos de Emaús (Lc 24.13-15). Apareceu também aos Apóstolos reunidos no cenáculo, estando ausente o cético Tomé (Lc 24.36-39). Uma semana depois, Ele foi ao cenáculo encontrar-se com os seus discípulos e Tomé estava com eles. Nessa ocasião, o Mestre convidou Tomé para colocar o seu dedo nas chagas de suas mãos e na ferida do seu lado (Jo 20.26-27). Diante dessa incontestável evidência, Tomé fez sua fez sua memorável profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20.28-29). O Mestre também apareceu a mais de quinhentas pessoas na galiléia (1ª Cor 15.6); e finalmente ao próprio São Paulo na estrada de Damasco (Atos 9.3-5).

Pelas provas apresentadas nas Escrituras Sagradas, a ressurreição de Jesus é a razão principal do Cristianismo e a Páscoa é o símbolo de uma nova vida par os que crêem que Ele é verdadeiramente o Redentor da humanidade. Aleluia!

Paulo Rocha

UMA PALAVRA PASTORAL

Ele não está aqui!... (Mt 28.6)

Esta deve ser a nossa certeza: a morte não é vitoriosa, não suplanta a vida que é o dom precioso que Deus nos dá! O Cristo ressuscitado é o sinal que a esperança de vida eterna não é em vão, não é apenas um sonho ou ingenuidade de um bando de pessoas crentes... Definitivamente, a morte não foi a última palavra de Deus para o ser humano! Quem criou o universo com a terra nele, quem criou a vida, não definiu a morte como sendo vencedora! Deus, o Senhor, planejou, gerou e sustenta a vida da sua própria Criação!

Em nosso descompasso com os planos de Deus, é o ser humano, que gera a morte: nos bombardeios; nos assassinatos; no desemprego; nos hospitais falidos que fecham suas portas; no trânsito cruel e assassino; nas mudanças do clima forçadas pela poluição permanente; na infância destruída pela falta de sensibilidade das autoridades que mal gerenciam as estruturas sociais, nas igrejas que pregam o sucesso e se esquecem que pra vencer a morte Jesus teve que nascer como um de nós, viver como ser humano e morrer como se fosse todos os pecadores, como um serviço de amor!

O Cristo está vivo e sustentando sua Igreja pela força do Espírito Santo, que em meio a todos os sinais de morte, ainda assim nos gera a esperança, fazendo-nos inconformados com este mundo e desejosos de um outro, transformado pela graça de Deus e pela nossa co-participação nas Suas obras, como bem diz o hino 74 do nosso hinário Episcopal.

Cristo já ressuscitou; aleluia!

Sobre a morte triunfou; aleluia!

Tudo consumado está; aleluia!

Salvação de graça dá; aleluia!

Sobre a cruz Jesus sofreu; aleluia!

E por nós ali morreu; aleluia!

Mas agora vivo está; aleluia!

Para sempre reinará; aleluia!

Gratos hinos hoje erguei; aleluia!

A Jesus, o grande Rei; aleluia!

Ele à morte quis baixar; aleluia!

Pecadores resgatar; aleluia!

Rev. Caio Lacerda

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