Almoço Comunitário

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Felicidade: é o que acontece quando compartilhamos nossas vidas.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sermão 1º Domingo após o Natal - 01/01/12

Leituras - Ex 34.1-8; Sl 8; Rm 1.1-7; Lc 2.15-21 Sempre estamos nós, simples mortais, em dificuldades, em encontros e desencontros. Dificuldades diante da luz e escuridão, do bem e do mal, do frio e do calor, da saúde e da doença, da fome e da fartura, da pobreza e da riqueza, da juventude e da velhice, da força e da fraqueza, de superiores e de súditos, de Médicos e de doentes. Em última análise toda a existência humana e todos os nossos caminhos estão marcados por esta encruzilhada do encontro ou desencontro, da vida e da morte, do ódio e do amor, do egoísmo e do amor ao próximo. E tudo indica que, apesar da encruzilhada sempre vence a vida, estamos fatalmente sub metidos ao ritmo implacável das forças contrárias e somos vítimas inevitáveis da lei do mais forte que rege a evolução da natureza, em que uma parte vence porque uma outra perde, uma parte cresce porque a outra definha, uma parte vive porque a outra morre. Comemoramos hoje também uma encruzilhada, a do ano novo. Como bons cristãos iniciamos este ano com orações, bênçãos, com esperanças e votos e, também, prestando atenção à Palavra de Deus que nos é proposta para este Dia. Proposta divina que deseja por uma resposta de nossa parte. Será que somos mesmo cristãos? Nesta momento do ano que terminou e do novo que começa, alguns fazem questão de se encontrarem aqui, neste templo. Por quê? Não será porque sabemos que somos mais do que seres entregues à fatalidade das forças da natureza? Não será porque somos pessoas que acreditamos que já fomos libertas da lei do mais forte que nos arrasta irresistivelmente para a morte sem podermos escapar disto? Como cristãos, acreditamos que não somos meros joguetes sem valor. Para nós a existência não é dominada por um destino cego. Acre ditamos que Deus entra na nossa vida e a transforma, nos dando forças que nos libertam da fatalidade porque são superiores às forças da natureza, é a força daquele que criou a natureza. Há muito tempo que o primeiro dia do ano é considerado o Dia Mundial da Paz. Daquela divina e humana paz entre as pessoas que está baseada na paz que Deus oferece. Aquela paz que é a nossa resposta à proposta divina. Aquela paz que é capaz de transformar todas as encruzilhadas da nossa existência em encontros de luz que desfaz as trevas, do bem que vence o mal, do calor que quebra o gelo, da saúde que cura as doenças, da fartura que alimenta os famintos, da riqueza distribuída para todas as pessoas. Se nós acreditamos realmente nesta paz, não será difícil cultivá-la. Mas para que realmente brilhe em redor de nós através de nossos gestos, palavras e pensamentos, precisamos primeiro, guardar esta paz em nosso coração. Senão, ela será transitória, fugaz. Ela nos escapará como água por entre os dedos e cairemos de novo no ritmo da luta sem chance e sem consideração; da vitória a preço da destruição do outro; do viver que se vence, matando. Nós acreditamos que Deus, em Cristo, parou este combate sem sentido, porque enviou o Espírito de Seu Filho sobre nós. Este Espírito age em nós e nos faz irmãos uns dos outros. Este novo relacionamento modifica tudo. São Paulo mostra isto da seguinte maneira: «desse modo não há diferença entre judeu e não judeu, escravos e livres, homens e mulheres: todos vocês são um só, em união com Cristo Jesus» (Gl 3.28). Ou nestas palavras: «Ninguém deve se orgulhar com os feitos humanos. Pois todas as coisas pertencem a vocês: — Paulo, Pedro, Apolo, o mundo, a vida e a morte, o presente e o futuro. — Tudo é de vocês e vocês pertencem a Cristo, e Cristo pertence a Deus.» (lª Cor 3.21-23). Hoje queremos incluir neste tudo, também o Ano Novo e a nova Igreja que queremos reconstruir. Que também sejam de Cristo, cheios de paz e de amor. Precisamos lutar e para isto o Senhor da história deve vir fazer companhia a todos as pessoas que se encorajarem a lutar por uma nova Igreja, uma nova Diocese Meridional com um novo Bispo que deverá ser escolhido por nós, inspirados por Deus, mas para isso precisamos orar e muito, para que Deus sopre no nosso ouvido o nome do Seu escolhido. Mas para isso temos que vigiar. Que Deus nos dê ânimo para orarmos como comunidade que se comporta como família diocesana, como união de comunidades, como união de paróquias e para isso a Paróquia do Redentor, neste novo ano, precisa se animar e convidar as outras para nos unirmos. Vamos começar já a união que Deus nos anima a termos. Amém.

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