Somos uma comunidade composta por pessoas consagradas e comprometidas umas com as outras e com Jesus Cristo.
Almoço Comunitário
sábado, 24 de julho de 2010
Sermão Próprio 12 / Ano C / 2010 - Pai Nosso
As Leituras próprias para o dia de hoje nos convidam a refletirmos sobre um dos elementos essenciais da vida cristã que é a ORAÇÃO. Mas o que é Oração? Como fazê-la? Os textos bíblicos nos dão dois exemplos concretos de Abraão e de Jesus.
Na 1ª Leitura, Abraão ora, intercedendo por Sodoma e Gomorra. É a primeira vez, na Bíblia, que um homem inicia uma conversa com Deus. Sua oração é um diálogo humilde, reverente, respeitoso, mas também cheio de confiança, de ousadia e de esperança, com Deus. Não foi a repetição de fórmulas decoradas ou lidas, "mastigadas" às pressas, mas um diálogo no qual apresenta a Deus as suas inquietações, as suas dúvidas, os seus anseios, e tenta perceber o projeto de Deus para a humanidade.
A 2ª Leitura nos convida a vivermos de forma renovada, pois fomos libertados pela obra redentora de Cristo na cruz.
No Evangelho, JESUS ora e ensina a orar. Lucas é o evangelista da oração de Jesus. O objetivo não é ensinar uma fórmula fixa, que os discípulos deveriam repetir de forma decorada, mas propor um modelo, o espírito que deve estar presente em todas as orações feitas por uma pessoa que segue ao Cristo. Uma conversa de filho para Pai. (em Lucas 5 pedidos; em Mateus 7)
1. A Introdução apresenta o contexto em que Jesus ensinou o Pai Nosso. Jesus estava orando... Um dos discípulos pediu: "Ensine-nos a orar..." Jesus respondeu: "Orem assim: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve; e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal." (Edição Revista e Corrigida)
2. A Oração: Começa com a pergunta:- Que imagem temos de Deus? De um patrão exigente, um juiz severo, do qual se deve ter medo?
Na realidade Deus é PAI e é Nosso (Dá-nos e não dá-me), não é apenas meu e isto já está salientado no início da oração. "Santificado seja o teu nome..." "Glorificado seja o Teu Santo nome" seria uma tradução mais fiel... mas quando? Quando é ovacionado com salva de palmas? ou quando a Salvação alcança o coração de todas as pessoas? "Venha o teu Reino..." Um Reino de Justiça, de Amor e Paz, de Liberdade e de Fraternidade...; "Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano..." porque todos precisamos do pão e as coisas necessárias para uma vida digna e sadia. Isso não dispensa o nosso esforço e o nosso trabalho e se é "Nosso" é "de todos..."; "E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve..." Ou seja, não é possível orar esta oração, tendo ódio no coração e muitas vezes, o amor e a união só são possíveis pelo caminho do perdão...; "E não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal..." Aqui Ele está falando especialmente sobre o abandono da fé, dos projetos do Pai para abraçar o plano de Deus para o mundo...
3. Pensando assim, podemos salientar que as duas Parábolas completam esta idéia: A 1ª salienta a eficácia da Oração perseverante: O "Amigo inconveniente" é atendido: "Peçam, e receberão; procurem, e acharão; batam, e a porta se abrirá...". A 2ª convida à Confiança em Deus e lembra o afeto paternal para com os filhos... "Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo àqueles que pedirem!"
Ou seja, não basta orar... devemos orar como convém... A Oração deve unificar a vida de uma pessoa com Deus, deve impregnar sua vida a cada dia. O dia não é uma "gaveta" isolada. O que dizer de fórmulas "milagrosas", das "orações poderosas?" Das orações comerciais, ou das promessas: "dou, se me deres?" Dos decepcionados, quando não são atendidos?
O Valor da Oração não está condicionado ao tamanho da "prenda" paga pela promessa ou o tamanho da vela acesa ou ao número de vezes que repetimos a mesma oração; ou ao comprimento do caminho a ser vencido, da escada a ser subida de joelhos; À fórmula milagrosa; Ao lugar em que fazemos a oração; Mas, ao espírito de FÉ e AMOR com que fazemos a oração...
ORAR é um diálogo familiar com Deus, que brota de um ato de fé e de um ato de amor e que nos leva a entrar no Plano, na intenção de Deus: "Seja feita a Tua vontade..." ou seja, ORAR não é apenas falar com os lábios, mas também com a inteligência, com o coração e com toda a nossa vida...
Mas será que temos tempo para orar? Quando é que nos lembramos de orar? Só nos momentos de dificuldades, como que buscando a um pronto-socorro? E quem é Pai, mãe, avô, avó, tio ou tia, ora profundamente a ponto de provocar o pedido: "Tu me ensina a rezar?"
Estamos reunidos, porque acreditamos na Oração. A oração deve marcar a nossa vida, de maneira que impressione também os que aqui não vêm! Estes devem perceber em nós a alegria de alguém que se encontrou com Deus na oração!
Se ainda não conseguimos isso, façamos nosso, este pedido dos apóstolos: "Senhor, ensina-nos a orar...".
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Sermões
Nossa sociedade sofre pela falta de oração. Quem estuda a Bíblia Pode constatar que os sofrimentos atuais acontecem por falta de uma verdadeira comunicação do ser humano para com Deus. As relações humanas seriam outra se as pessoas se voltassem para a oração. Enfrentamos sérios problemas porque, muitas vezes nos preocupamos com planos pastorais, mas não nos voltamos para a oração, sendo que os grandes problemas pastorais e a falta de soluções para eles só poderão acontecer através da oração.
A definição mais conhecida de oração é: “diálogo de amizade com aquele que nos criou”. É fundamental usarmos a expressão “amizade”, porque ela se une à expressão de humildade e perseverança. Para o louvor a Deus, precisamos nos revestir de uma verdadeira humildade e perseverarmos em meio às dificuldades que são inerentes à vida das pessoas que querem trabalhar a vontade de Deus em seu dia-a-dia, ou seja, devemos considerar todas as pessoas iguais em relação ao amor que Deus sente pela sua criatura. Quando pensamos em Deus com o amor Paternal, íntimo, participante de nossas vidas, estamos tentando entender que somos amados e que esta vida é uma preparação para a eternidade. Por isso também entendemos o amor divino como também amor Maternal, afinal foi Deus quem criou a Paternidade e a Maternidade, portanto todo tipo de amor vem Dele, portanto Deus também é Mãe; ou seja, só em Deus encontramos o perfeito conceito da Maternidade e Paternidade.
Após ensinar esta oração do “Pai Nosso” (ou Mãe Nossa), o representante do amor Filial (que também foi criado por Deus e chamamos de Filho de Deus, Jesus Cristo), insiste na necessidade de pedirmos sempre com perseverança, como por exemplo, que seu Plano se realize também em nossas vidas. Nesta passagem do Evangelho, Jesus está mostrando o que é fundamental a ser pedido: “se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu! Ele dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem.”
Por que será que Jesus fala em pedir o Espírito Santo? Ora, é porque só o Espírito Santo nos dá condições de sabermos o sentido mais profundo de nossa existência. Ele nos ensina a viver e concretizar o verdadeiro amor em nossas vidas. Ele nos indica o caminho que facilita a percepção de nossos afetos que coincidem com os Planos de Deus para a sua própria criação. Orando dessa forma, a oração passa a ser um instrumento fundamental para a salvação e uma forma de sabermos o que Deus deseja de nós e termos força para concretizar a sua vontade em nossa vida real.
Oremos: "Ó Deus, Tu és o amparo dos que em Ti esperam e, sem o Teu auxílio, ninguém é forte, ninguém é humilde; redobra Teu amor para conosco, para que, conduzidos por Ti, usemos de tal modo os bens que nos ofereces, para que possamos encontrar o único Bem que não passa e é eterno, a vida em Ti... Pai nosso que estás nos céus... Amém.
Sou o Filho de Deus
Conclamação direta
Quando foi perguntado sobre ser o Cristo, o filho do Deus Bendito disse: "Sou. E vocês verão o Filho do Homem sentado do lado direito do Deus Todo-Poderoso e descendo com as nuvens do céu!" O sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse: “63 Não precisamos mais de testemunhas! 64 Vocês ouviram esta blasfêmia contra Deus! Então, o que resolvem? Todos estavam contra Jesus e aí o condenaram à morte.” (Mc 14.61-64) Para ele, parecia que Jesus se havia condenado à morte por tal afirmação. Fazer tamanha conclamação como a de ser Deus era blasfêmia e aos olhos dos judeus, digna de morte. Numa ocasião quando os judeus começariam a apedrejar Jesus, Ele perguntou: "32 Jesus disse: — Eu fiz diante de vocês muitas coisas boas que o Pai me mandou fazer. Por causa de qual delas vocês querem me matar? 33 Eles responderam: — Não é por causa de nenhuma coisa boa que queremos matá-lo, mas porque, ao dizer isso, você está blasfemando contra Deus. Pois você, que é apenas um ser humano, está se fazendo de Deus.” ( Jo 10.32,33) Seus inimigos claramente pensaram que era exatamente isso que ele estava declarando.
Quando Tomé, um dos seus discípulos ajoelhou-se diante de Jesus e disse: "Meu Senhor e meu Deus" (Jo 20.28), Jesus não o ignorou, nem reclamou da sua confissão, negando que era Deus. Ao contrário, ele disse: "Você creu porque me viu? — disse Jesus. — Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!". (Jo 20.29) Ele repreendeu Tomé por ter demorado tanto a entender que ele era Deus.
Se alguém faz conclamações como estas, elas precisam ser verificadas. Há todo tipo de pessoas fazendo diferentes afirmações. O simples fato de alguém se denominar alguma coisa não o torna aquilo que declara. Há muita gente que está iludida. Alguns pensam ser Napoleão, outros o Papa, mas na realidade não o são.
Ora, como podemos testar as afirmações das pessoas? Jesus afirmou ser o único filho de Deus, Deus feito carne. Para verificarmos estas afirmações temos três possibilidades lógicas. A afirmação é falsa - neste caso ele é um mau impostor, esta é a primeira possibilidade. Se ele não sabe o que está dizendo - neste caso está iludido, louco... Essa é a segunda possibilidade. A terceira possibilidade é de serem as afirmações verdadeiras.
C. S. Lewis disse o seguinte:
“Um homem que fosse meramente homem e fizesse as afirmações que Jesus fez, não seria um grande professor de Moral. Ele seria lunático, similar a um homem que afirma ser um ovo-cozido. Ou esse homem foi, ou é o filho de Deus; ou era louco ou coisa pior... mas não vamos discutir bobagens sobre o fato dele ter sido um grande professor de homens. Ele não deixou esta possibilidade. Ele não pretendia sê-lo.”
sexta-feira, 4 de junho de 2010
O que Jesus disse a seu próprio respeito?
Alguns dizem "Jesus nunca se denominou Deus.” De fato, isto é verdade. Ele não andou de um lado para outro se dizendo Deus, mas quando olhamos tudo o que Ele ensinou, não resta dúvida de que estava identificado com Deus.
Teve um ensino centrado nele mesmo
Umas das mais fascinantes coisas sobre Jesus é que a maioria dos seus ensinos eram centrados nele mesmo. No Evangelho de são João encontramos a esclarecedora passagem sobre a divindade de Jesus: "E, se por meio dele a natureza gloriosa de Deus for revelada, então Deus revelará em si mesmo a natureza divina do Filho do Homem. E Deus fará isso agora mesmo." (Jo 13.32). Isto nos mostra que é através de uma relação com Jesus que nós encontramos Deus.
Há um vácuo profundo no coração do ser humano. Os psicólogos mais famosos do Século XX já reconheciam este fato. Freud disse que as pessoas "têm fome de amor" , Jung disse que as pessoas têm fome de segurança", Adler, por sua vez, afirmou que as pessoas estão "com fome de significado". Jesus disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede." (Jo 6.35). Em outras palavras, se quiser ter suas necessidades básicas satisfeitas, venha até Mim.
Muitas pessoas estão andando sem rumo, em depressão, desilusão e desespero. Estão procurando uma direção. Jesus disse "Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida." (Jo 8.12) Alguns após se cristãos, dizem: "Foi como se a luz tivesse sido subitamente ligada e eu pudesse ver as coisas como nunca tinha visto."
Muitas pessoas têm medo da morte. Uma senhora contou que algumas vezes não podia dormir e que acordava suando frio, com medo da morte porque não sabia o que aconteceria após a morte. Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso?" (Jo 11.25-26)
Tantas pessoas são atormentadas por preocupações, ansiedade, medo e culpa. Jesus disse: "Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso”. (Mt 11.28). Estas pessoas não sabem como administrar suas vidas e a quem seguir. Posso me lembrar, antes de me tornar um cristão, ficava impressionado com alguém e já queria ser como ele, e daí me identificava com pessoas diferentes, procurando segui-las. Jesus disse: "Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente" (Mc 1.17).
Jesus disse que recebê-lo era receber a Deus: “Quem recebe vocês está recebendo a mim; e quem me recebe está recebendo aquele que me enviou.” (Mt 10.40), dar-Lhe boas vindas era dar boas vindas a Deus: “Quem me vê, vê também o Pai.” (Jo 14.9). Uma criança uma vez estava desenhando e sua mãe perguntou o que ela estava fazendo. A criança respondeu que estava fazendo o retrato de Deus. A mãe retrucou: "não seja bobo. Você não pode desenhar Deus. Ninguém sabe como Ele é". A criança respondeu: "Bem, saberão quando eu terminar". Jesus disse de fato, "Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso?" (Jo 11.25-26) ou seja, se quiserem saber como Deus é, olhe para mim.
Reivindicação indireta
Conforme podemos ver, Jesus disse várias coisas, que, embora não proclamasse ser Deus, mostram que ele se referia a si mesmo como estando na mesma posição de Deus, vejamos os exemplos a seguir: A conclamação de ser capaz de perdoar pecados é por demais conhecida. Por exemplo, certa ocasião disse ao paralítico, "Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico: — Meu filho, os seus pecados estão perdoados.” (Mc 2.5). A reação dos líderes religiosos era perguntar por que aquele homem falava daquele modo. Diziam que ele blasfemava. Indagavam quem poderia perdoar pecados senão Deus. Jesus continuou para provar que tinha autoridade para perdoar pecados curando o paralítico. Esta conclamação de ser capaz de perdoar pecados é estonteante.
C. S. Lewis coloca-se com muita propriedade quando diz no seu livro: MERO CRISTIANISMO. "Uma parte da conclamação tende a passar despercebida, pois já ouvimos falar disso há tanto tempo, que já não vemos a sua verdadeira proporção. Falo a respeito da conclamação de perdoar pecados, quaisquer pecados. Agora, a não ser que quem fale seja Deus, isto é realmente tão irracional quanto cômico. Todos nós podemos entender como um homem perdoava ofensas feitas a ele. Você pisa no meu calo e eu lhe perdôo, você rouba o meu dinheiro e eu lhe perdôo, contudo o que faríamos com um homem, que sem ser roubado nem pisado, se conclamou capaz de perdoar a quem pisou no calo do outro, ou roubou o dinheiro alheio?” Trépida estupidez é a definição mais amorosa que podemos dar a essa conduta, entretanto foi isso que Jesus fez. Ele disse às pessoas que seus pecados estavam perdoados e isto sem consultar as vítimas de tais pessoas. Ele, sem hesitar, comportava-se como se fosse a parte ofendida. Isto faz sentido apenas se Ele de fato tiver parte com Deus, cujas leis são quebradas e cujo amor é ferido a cada pecado. Tal palavra na boca de outro que não fosse de fato Deus implicaria no que podemos chamar de tolice e num conceito ímpar jamais levantado por qualquer outro personagem da história.
Uma outra conclamação extraordinária feita por Jesus foi que um dia Ele viria julgar o mundo. “Jesus terminou, dizendo: —Quando o Filho do Homem vier como Rei, com todos os anjos, ele se sentará no seu trono real. Todos os povos da terra se reunirão diante dele, e ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras.” (Mt 25.31-32). Ele disse que voltaria e se sentaria no seu trono de Glória, e que todas as nações se reuniriam perante Ele, e as julgaria. Alguns iriam receber a herança que lhes havia sido preparada desde a criação do mundo, a vida eterna: outros, entretanto, iriam sofrer o castigo de ficarem para sempre separados dele.
Jesus disse que decidiria sobre o que aconteceria a cada um de nós no final dos tempos. Ele não apenas seria o juiz, como também seria o critério de julgamento. O que nos aconteceria no dia do Juízo Final dependeria de como respondêssemos ao chamado de Jesus Cristo nesta vida. “Aí o Rei responderá: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram.” 41 — Depois ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: “Afastem-se de mim, vocês que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos! 42 Pois eu estava com fome, e vocês não me deram comida; estava com sede, e não me deram água. 43 Era estrangeiro, e não me receberam na sua casa; estava sem roupa, e não me vestiram. Estava doente e na cadeia, e vocês não cuidaram de mim.” 44 — Então eles perguntarão: “Senhor, quando foi que vimos o senhor com fome, ou com sede, ou como estrangeiro, ou sem roupa, ou doente, ou na cadeia e não o ajudamos?” 45 — O Rei responderá: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar.” (Mt 25:40-45) Suponhamos que o pároco de sua paróquia subisse no púlpito e dissesse: "No dia do Juízo Final você aparecerá diante de mim e eu decidirei sobre o seu destino eterno. O que acontecerá com você vai depender de como você me trata e aos meus seguidores." Um mero homem que fizesse esta afirmação seria considerado estúpido. Aqui temos uma outra conclamação de ter a identidade do Grande Deus, feita por Jesus.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
QUEM É JESUS: O OBJETIVO DE NOSSA FÉ
Algumas pessoas se tornam cristãs sem se dar conta. O tipo de fé que seria necessária para esperar que o carro andasse com o que geralmente é guardado numa jarra de chá, eles não tinham. Entretanto, não é com fé ingênua, mas um passo baseado numa firme prova histórica.
Em um Painel Ecumênico em uma das Universidades da Grande Porto Alegre, um dos alunos descreveu Jesus como “uma figura mística que nunca existiu”. Nenhum historiador sério poderia manter essa posição nos dias de hoje. Há muitas provas da existência de Jesus. Elas vêm não apenas dos Evangelhos e outros escritos cristãos, como também de fontes não-cristãs. Por exemplo, os historiadores romanos Tacitus (diretamente) e Suetonis (indiretamente) ambos escreveram sobre Cristo. O historiador judeu Josephus, nascido em 37 DC descreve Jesus e seus seguidores desta forma:
"E foi nessa época, Jesus, um homem sábio, se for justo chamá-lo de homem, pois ele foi autor de obras maravilhosas, um professor de homens que receberam a verdade com prazer. Ele chamou a seguí-lo muitos, judeus e gentios. Ele era O Cristo, e quando Pilatos, por sugestão de homens importantes de sua época, condenou-o à morte de cruz, aqueles que O amavam não desistiram Dele, e Ele apareceu a eles no terceiro dia, conforme, juntamente com outras coisas maravilhosas, haviam previsto os profetas. A tribo dos Cristãos, assim chamados por causa dele, não foi extinta até os dias de hoje... ".
Portanto, existem provas fora do Novo Testamento da existência de Jesus. As provas são muito fortes. As vezes as pessoas dizem que o Novo Testamento foi escrito há muito tempo atrás. Como saberemos se o que foi escrito não foi sendo modificado com o passar dos anos?
A resposta para essa pergunta é que nós conheceremos, mais precisamente, através da crítica dos textos, o que os autores do Novo Testamento escreveram. Na verdade, quanto mais textos temos, menos dúvidas pairam a respeito do texto original. O professor F.F. Bruce (que foi professor de crítica bíblica escreve: "SÃO OS DOCUMENTOS DO NOVO TESTAMENTO CONFIÁVEIS?" Quão ricos são os manuscritos do Novo Testamento em relação a sua verdade se for comparado com textos e outros trabalhos históricos.
F.F. Bruce chamou a atenção para o fato de que sobre a Guerra Bélica de César nós temos nove ou dez cópias e a última delas escrita 900 anos após César. Para Livy, A História Romana, não temos mais que vinte cópias, sendo a primeira datada de 900 DC. Dos quatorze livros de história de Tacitus, apenas vinte cópias sobreviveram; um dos dezesseis livros dos Anais, dez volumes dos seus trabalhos históricos, dependem inteiramente de dois manuscritos, um do Século IX e outro do Século XI. A história de Tucídes é conhecida quase que inteiramente através dos oito manuscritos pertencentes a C.AD 900.
O mesmo é verdade da história de Herodutos. Ainda assim, nenhum acadêmico duvida da autenticidade destes trabalhos, apesar do tempo e de terem sobrevivido poucos exemplares.
Em relação ao Novo Testamento temos uma grande riqueza de material. O Novo Testamento foi provavelmente escrito entre 40 DC e 100 DC. Temos também excelentes e completos manuscritos datados de 350 DC (um lapso de tempo de 300 anos), papiros contendo a maioria dos escritos do Novo Testamento datados do Século III e até mesmo fragmentos do evangelho de João datados de 130 DC. Havia mais de 5.000 manuscritos em Grego, mais de 10.000 em Latim e outros 9.300 em diversas línguas, além das 36.000 citações nos escritos dos patriarcas da Igreja. Um dos melhores críticos de textos, F.J. Hort disse: "... Baseado na variedade e riqueza de provas nas quais ele está baseado o texto do Novo Testamento é absoluta e inevitavelmente único entre os livros antigos escritos em prosa."
F.F. Bruce sintetiza a prova citando Don Frederic Kenyon, um estudioso desta área: "O intervalo entre as datas da composição original e as provas mais antigas fica tão pequeno, que pode, com certeza, ser ignorado, e o último fundamento para qualquer dúvida sobre a Bíblia e quando ela foi escrita, pode ser derrubado. Ambas, autenticidade e integridade geral dos livros do Novo Testamento, podem ser finalmente estabelecidas”.
Nós sabemos, através de provas dentro e fora do Novo Testamento que Jesus existiu. Mas quem é Ele? Escutei Martin Scorsese dizer na televisão que ele havia feito o filme "A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO" a fim de mostrar que Jesus era de fato um ser humano. Entretanto, esta não é a questão neste exato momento. Apenas poucas pessoas duvidam que Ele era realmente humano. Tinha o corpo de homem, cansou-se algumas vezes, teve fome. Tinha emoções humanas, ficou triste, teve experiências humanas, foi tentado, aprendeu, trabalhou e obedeceu aos pais.
O que muitos dizem hoje é que Jesus era apenas humano - um grande professor de religião que não era cristão falou por muitos quando disse: "Eu não posso crer no Cristianismo, mas eu acho Jesus um homem maravilhoso".
Que provas existem para sugerir que Jesus era mais do que apenas homem maravilhoso, ou grande professor de Moral? A resposta, como veremos, é que há muitas provas disso. Esta evidência respalda a afirmação de que Jesus era o único filho de Deus. Portanto, é Deus entre nós, o filho, a segunda pessoa da Trindade, a forma filial de Deus se manifestar à toda humanidade.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
VIVEMOS NUM MUNDO OBSCURO
terça-feira, 1 de junho de 2010
Oferecemos uma opção mais humana para um mundo considerado perdido
segunda-feira, 31 de maio de 2010
FORTALECENDO A FÉ CRISTÃ - para nós o cristianismo não pode ser morno, mentiroso ou irrelevante, sabe por que?
— Não, Obrigado. Eu sou Evangélico.
— Não, na minha igreja não existe isso...
— Não... Não bebo bebida de álcool.
— Sim... Sou batizado.
— Sim. O Deus é o mesmo...
sábado, 22 de maio de 2010
ENTENDENDO O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Sobre a Santíssima Trindade, o Concílio de Latrão (1215) assim se manifestou: "Firmemente cremos e simplesmente confessamos que apenas um é o Deus Eterno, Verdadeiro, Imenso, Imutável, Incompreensível, Onipotente e Inefável; Pai, Filho e Espírito Santo; três pessoas ,certamente, mas uma só essência, substância ou natureza absolutamente simples. O Pai não vem de ninguém; O Filho apenas do Pai; e o Espírito Santo de Um e de Outro, sem começo, sempre, e sem fim".
Esse Deus, que é eternamente um único e mesmo Deus, possui três Pessoas, eternamente, unidas na Sua constituição. O Deus - Pai, o Deus - Filho e o Espírito - Santo, formam, portanto, uma unidade eterna, como revelada pelos evangelhos, São João evangelista, observa "E estes três são um" ( 1ª Jo 5.7). As Três Pessoas encontram-se unidas em substância. Cada uma das três pessoas da Santíssima Trindade é plenamente Deus. Isto quer dizer que "o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho, é o mesmo Deus único" .
Essa última definição do credo é uma afirmação teológica segundo a qual o Espírito Santo procede do Deus-Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho, é o mesmo Deus único. O Espírito Santo, que é a terceira Pessoa da Trindade, é Deus - uno e igual ao Pai e ao Filho - da mesma substância e também da mesma natureza. Contudo, não se diz que Ele é somente o Espírito do Pai, mas, ao mesmo tempo, o Espírito do Pai e do Filho" .
Não há nenhum rebaixamento no grau de adoração da Terceira Pessoa da Trindade nessa definição; isto porque, quando afirmamos ser o Espírito Santo também originário do Deus Filho, ela obedece aos dizeres do próprio evangelho, quando o evangelista João diz que " No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."(Jo 1.1).
Se o verbo "é" Deus, o Espírito Santo necessariamente deve provir d'Ele. Além disso, a Santíssima Trindade foi uma verdade teológica revelada pelo Deus-Filho, pelo Cristo. Antes da vinda de Jesus não se cultuava Deus na forma trinitária, portanto, foi com a promessa consumada por Nosso Senhor Jesus Cristo, que a Trindade nos foi revelada.São Paulo observa na Epístola aos Romanos: "a revelação do mistério que foi ocultado durante muitas gerações, mas está agora revelado e, por meio dos escritos proféticos, tornou-se conhecido a todas as nações" (Romanos 16.25-26).
A complexa idéia do Deus trino e uno é objeto de muita controvérsia, e motivo para o surgimento de várias heresias. A compatibilização de divisões na unidade divina, parece ser o centro das dificuldades geradas na doutrina cristã. O que diferencia as três Pessoas da Santíssima Trindade são apenas as relações estabelecidas entre elas. O que distingue as três Pessoas da Santíssima Trindade é, portanto, o relacionamento existente entre elas; "nas relações que as referem entre si "; jamais na substância. As três Pessoas da Santíssima Trindade compartilham a mesma substância divina.
Exemplos neotestamentários desse relacionamento entre as Pessoas da Santíssima Trindade, encontramos em algumas passagens como no evangelho de São João, capítulo 14. "Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras. 12 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. 13 E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. 15 Se me amais, guardai os meus mandamentos. 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. 18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 19 Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. 20 Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. 21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" . (Jo 14.8-21)
O Deus-Filho, a Segunda Pessoa da Trindade foi definido pelo I Concílio de Nicéia (325 d.C.) como possuidor de duas naturezas e duas vontades, unidas; mas imisturável. O Filho de Deus é plenamente homem, e plenamente Deus; consubstancial ao Pai.("homousia"); partícipe, portanto, da mesma substância do pai. Jesus Cristo, segundo as definições do Concílio de Nicéia — em resposta à heresia de Ário — é definido como "Deus de Deus", "Luz da Luz", "Verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus". O Cristo é as primícias dos que dormem; - a imagem do homem futuro revestido da imortalidade - Jesus Cristo é, portanto, verdadeiramente, homem e verdadeiramente Deus, inteiramente homem e inteiramente Deus, homem perfeito. Gerado, porém, jamais criado. O Deus Filho é um invento de Deus. Ele é o Verbo, incriado, através do qual tudo foi feito, Ele é o princípio que sustenta tudo que existe.
Diz o Novo Testamento: "O qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem..." (Fl 2.6-7).
Diz também São João, evangelista logo ao iniciar seu evangelho "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1.14). Cada uma das três pessoas da Santíssima Trindade deve ser cultuada igualmente, objeto da mesma adoração.Todas as três pessoas possuem igual divindade. Não há hierarquia na Santíssima Trindade. O próprio Cristo afirmou inquestionavelmente: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30); além de ordenar aos apóstolos que levassem seus ensinamentos bem como a administração do batismo em nome das três pessoas (Mt 28.19).
A doutrina da Santíssima Trindade pode ser entendida assim: "A fé é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade" .
Então, quando Deus atua, são sempre as Três Pessoas que atuam. Contudo, cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade realiza uma obra específica. O Cristo julga e salva, o Espírito Santo anima a vida e conduz a Igreja.
Deus- Pai é o criador do mundo; Deus- Filho é a salvação ofertada por Deus aos homens, através da segunda Pessoa da Trindade que há de vir no Fim dos Tempos para julgar os vivos e os mortos. O Filho de Deus é o modo como Deus revela-Se ao ser humano, na plenitude dos tempos.
O Espírito, Santo anima a vida, conduz a Igreja e unge seus filhos e filhas com Seus dons de cura, sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza ciência, piedade, e temor de Deus .
A Santíssima Trindade é uma verdade de fé, um mistério. Objeto de crença e não de entendimento pleno. Mais importante que destrinchar o mistério da Santíssima Trindade é praticar a caridade e o amor ao próximo. Assim diz o Cristo na unidade da Santíssima Trindade.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
O MISTÉRIO DA RESSURREIÇÃO
A doutrina cristã, conjunto de verdades e mistérios que devemos crer, acham-se resumidas nos Credos Apostólico e Niceno (325 DC). Neles encontramos, entre outras, a afirmação: “Creio na ressurreição do corpo” ou “espero a Ressurreição dos mortos”.
A Ressurreição corporal de Jesus, por excelência, é um mistério da fé que devemos aceitar como um dogma, pois a mente humana não é capaz de explicar ou de compreender esse fenômeno sobrenatural.
Eis, em resumo, o drama pungente que Cristo viveu no último dia de sua vida terrena e a sua gloriosa ressurreição.
O dia em que Cristo foi martirizado na cruz foi, sem dúvida, o mais trágico e tenebroso de todos os tempos.
Diante desse infausto acontecimento, os discípulos, amedrontados e desiludidos, abandonaram o Divino Mestre, ficando ao pé da cruz apenas o evangelista São João e algumas mulheres, entre as quais Maria de Nazaré, mãe de Jesus (Jo 19.25-26). Era sexta-feira, mais ou menos ao meio-dia, quando o sol ficou encoberto por grossas nuvens e a escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. Foi nessa ocasião que Nosso Senhor pronunciou suas últimas palavras na cruz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). E, havendo dito isto, inclinou a cabeça e expirou.
Na hora de remover o corpo inerte de Cristo para a sepultura, dois piedosos fariseus, amigos do nazareno —Nicodemos e José de Arimatéia, membros do Sinédrio de Jerusalém, enfrentaram todos os perigos para dar ao Mestre um enterro condigno, livrando-o assim da infamante vala comum destinada aos condenados (Jo 19.38-40). O corpo de Jesus, foi então, envolto num fino lençol de linho, com mirra e óleos (como era costume entre os judeus) e posto num sepulcro novo, aberto num rochedo, na colina do Calvário e cujo dono era José de Arimatéia. Para os saduceus, como os sacerdotes Anás e Caifás, ferozes inimigos de Jesus, e Pôncio Pilatos, governador romano da Judéia, a doutrina do Nazareno estava definitivamente extinta.
Porém, de acordo com os desígnios de Deus, a obra do Salvador ainda não estava completa, o mais importante estava por acontecer.
Pois, Jesus, pela providência do Pai Eterno, iria ressurgir no terceiro dia de sua morte (Mt 16.21). A ressurreição de Jesus foi física, pois, aquelas mulheres que foram ao sepulcro na madrugada de domingo, não acharam o corpo do Mestre: o túmulo estava vazio (Lc 24.1-3). Cristo ressuscitou dos mortos não como Lázaro de Betânia, para anos mais tarde tornar a morrer, mas ressurgiu para sempre, para a vida eterna, e “a morte não terá mais poder sobre Ele” (Rm 6.9).
Aparições de Jesus ressurreto
O maior mistério da vida de Cristo é o mistério de sua gloriosa ressurreição. Após ressuscitar na manhã de domingo, Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena, que era sua fiel seguidora, desde que o Mestre expulsou dela sete espíritos maus (Mc 16.9). Logo em seguida, Madalena se apressou a levar a boa notícia aos Apóstolos; São Pedro e São João vieram correndo ao sepulcro, mas não viram o Mestre (Jo 20.1-7).
Naquele mesmo dia Ele também apareceu aos dois discípulos de Emaús (Lc 24.13-15). Apareceu também aos Apóstolos reunidos no cenáculo, estando ausente o cético Tomé (Lc 24.36-39). Uma semana depois, Ele foi ao cenáculo encontrar-se com os seus discípulos e Tomé estava com eles. Nessa ocasião, o Mestre convidou Tomé para colocar o seu dedo nas chagas de suas mãos e na ferida do seu lado (Jo 20.26-27). Diante dessa incontestável evidência, Tomé fez sua fez sua memorável profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20.28-29). O Mestre também apareceu a mais de quinhentas pessoas na galiléia (1ª Cor 15.6); e finalmente ao próprio São Paulo na estrada de Damasco (Atos 9.3-5).
Pelas provas apresentadas nas Escrituras Sagradas, a ressurreição de Jesus é a razão principal do Cristianismo e a Páscoa é o símbolo de uma nova vida par os que crêem que Ele é verdadeiramente o Redentor da humanidade. Aleluia!
Paulo Rocha
UMA PALAVRA PASTORAL
Ele não está aqui!... (Mt 28.6)
Esta deve ser a nossa certeza: a morte não é vitoriosa, não suplanta a vida que é o dom precioso que Deus nos dá! O Cristo ressuscitado é o sinal que a esperança de vida eterna não é em vão, não é apenas um sonho ou ingenuidade de um bando de pessoas crentes... Definitivamente, a morte não foi a última palavra de Deus para o ser humano! Quem criou o universo com a terra nele, quem criou a vida, não definiu a morte como sendo vencedora! Deus, o Senhor, planejou, gerou e sustenta a vida da sua própria Criação!
Em nosso descompasso com os planos de Deus, é o ser humano, que gera a morte: nos bombardeios; nos assassinatos; no desemprego; nos hospitais falidos que fecham suas portas; no trânsito cruel e assassino; nas mudanças do clima forçadas pela poluição permanente; na infância destruída pela falta de sensibilidade das autoridades que mal gerenciam as estruturas sociais, nas igrejas que pregam o sucesso e se esquecem que pra vencer a morte Jesus teve que nascer como um de nós, viver como ser humano e morrer como se fosse todos os pecadores, como um serviço de amor!
O Cristo está vivo e sustentando sua Igreja pela força do Espírito Santo, que em meio a todos os sinais de morte, ainda assim nos gera a esperança, fazendo-nos inconformados com este mundo e desejosos de um outro, transformado pela graça de Deus e pela nossa co-participação nas Suas obras, como bem diz o hino 74 do nosso hinário Episcopal.
Cristo já ressuscitou; aleluia!
Sobre a morte triunfou; aleluia!
Tudo consumado está; aleluia!
Salvação de graça dá; aleluia!
Sobre a cruz Jesus sofreu; aleluia!
E por nós ali morreu; aleluia!
Mas agora vivo está; aleluia!
Para sempre reinará; aleluia!
Gratos hinos hoje erguei; aleluia!
A Jesus, o grande Rei; aleluia!
Ele à morte quis baixar; aleluia!
Pecadores resgatar; aleluia!
Rev. Caio Lacerda